sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Criança cibernética Priscila Biancovilli e Mariana Borgerth, da AgN UFRJ/Praia Vermelha A tecnologia está influenciando cada vez mais o comportamento social. Esta realidade também acontece quando se trata de crianças. Hoje os computadores fazem parte da educação e do desenvolvimento infantil. Alguns neuroeducadores defendem os possíveis benefícios do uso da tecnologia para, como por exemplo, estimular o raciocínio. Além disso, existem outros pesquisadores que apóiam a idéia de que devido ao fascínio que os computadores exercem, ele é capaz de auxiliar no tratamento a problemas de concentração. Porém a polêmica sobre o assunto é grande. Para saber mais sobre os prós e contras dessa prática na vida das crianças, o Olhar Vital convidou a professora Cristina Maria Duarte Wigg, chefe do Departamento de Psicometria do Instituto de Psicologia da UFRJ e Eduardo Jorge Damaso, médico do Programa de Atenção Primária à Saúde da Faculdade de Medicina da UFRJ. Cristina Maria Duarte Wigg Chefe do Departamento de Psicometria do Instituto de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Neuropsicologia(NEPEN-IP-INDC-UFRJ). "O bom uso da tecnologia é positivo ao desenvolvimento da criança. Contudo, os limites são necessários e marcam uma utilização adequada ou não dos computadores. A internet atualmente vem representando uma importante forma de comunicação e socialização, entretanto, rompe com o contato pessoal direto e cria, muitas vezes, uma realidade ilusória. O computador pode ser uma distração, um facilitador de informações e da educação. Contudo, os excessos ou o uso inadequado podem prejudicar o desenvolvimento emocional e até mesmo de algumas funções cognitivas, como a linguagem falada e escrita. Evitar que a criança use o computador pode ser pior, o melhor é trabalhar com limites, as crianças precisam estar preparadas para as mudanças do mundo e não participar de tais transformações pode significar não acompanhar a atualidade em sua totalidade. E deixar de interagir com novas questões e tecnologias pode limitar a capacidade de enfrentamento e crescimento cognitivo e psicológico. O que se precisa é estar atento ao exagero e ao uso da internet como única forma de se estabelecer contatos e resolver problemas, sejam acadêmicos ou sociais. Hoje as mudanças são imensas e as crianças costumam ser mais perspicazes e capazes de lidar muito melhor com tecnologias do que as da geração anterior. Embora, nem sempre este ganho se reflita no desempenho acadêmico, já que o desinteresse pelas atividades escolares e de rotina vem caindo consideravelmente. Um outro aspecto que vem se observando é o isolamento e uma maior dificuldade de se relacionar. Isso porque o uso da tecnologia está ocupando o lugar de práticas sociais que auxiliam o desenvolvimento emocional. Um exemplo são os cursos à distância. Eles jamais substituirão a presença do professor e sua interação com os alunos Dentro do espaço clínico, a reabilitação de alguns distúrbios pode ser beneficiada pelo uso do computador, porém é preciso entender que o computador é apenas um instrumento, um equipamento facilitador, não deve ser confundido com o tratamento propriamente dito e suas estratégias. Atualmente inúmeras atividades são facilitadas por esse equipamento, mas ele não é nosso método de trabalho. O centro da questão é a maneira como ocorre o uso da tecnologia. Na verdade, não devemos temê-la, ela é necessária e nos auxilia muito nos tempos atuais. Devemos nos preocupar como as famílias vêm se estruturando e como as escolas estão introduzindo e conduzindo o uso da internet nas atividades escolares. É preciso ter alguém que direcione. A família e a escola estão perdendo seu referencial e sua responsabilidade no processo educativo, quando adquirem tecnologia e não orientam seu uso. Em casa acaba funcionando como um brinquedo e na escola essa prática ainda é insuficiente é inadequada. Acredito que projetos educacionais dentro das escolas poderiam resolver este problema, orientando o uso do computador como recurso, aplicando a informática à educação de forma positiva e eficaz. Ter o computador e a internet, ainda não difundidos a todos como deveria ser, é apenas mais um desafio perante aos inúmeros outros surgidos das mudanças da atualidade." Eduardo Jorge Damaso Médico do Programa de Atenção Primária à Saúde da Faculdade de Medicina da UFRJ "A criança que maneja desde cedo o computador com certeza irá adquirir maiores habilidades na área cognitiva e motora. Existem diversos jogos educativos, voltados a crianças de todas as idades, que ajudam neste desenvolvimento. Não só jogos, também DVDs, programas de CD-ROM e a própria internet, com sua infinidade de páginas, contribuirão para isso. Alguns trabalhos e estudos já provaram que crianças que usam computador, DVD e joystick desde cedo desenvolvem mais rápido suas atividades motoras, antes das crianças que não têm contato com estes objetos. Assim sendo, a informática pode trazer grandes benefícios à educação infantil. A questão a ser analisada neste caso é a falta de discernimento da criança. Um menino de dois, três ou quatro anos não sabe ainda o que é bom para ele, ou o que existe de perigoso e maléfico na internet e nos jogos. Por isso mesmo, as atividades dela no computador devem ser monitoradas pelos pais, professores ou algum outro responsável. Uma pessoa mais velha pode guiar a criança e ajudá-la a aproveitar todas as vantagens do computador da melhor maneira possível. Acredito que a democratização do acesso à informática é fundamental nos dias de hoje. A criança que acessa a internet para fazer pesquisas escolares, trabalhos, ou mesmo por diversão, tem à sua frente uma infinidade de informações sobre praticamente tudo que existe no mundo, e assim desenvolve melhor e mais rápido seu senso crítico. Mesmo assim, este acesso precisa, além de monitorado, ser também limitado. O ideal é que o tempo que uma criança leve à frente do computador não passe de uma hora ou, no máximo, uma hora e meia por dia. Esta atividade precisa ser equilibrada com outras distantes dos meios virtuais, como uma brincadeira ao ar livre com os amigos, ou uma conversa com os pais e familiares. A correria do mundo de hoje acaba fazendo com que os pais não consigam passar muito tempo ao lado dos filhos, e isso acaba atrapalhando o monitoramento deles em relação às atividades da criança. A melhor coisa a se fazer para contornar este quadro é manter sempre um bom canal de comunicação. Os pais precisam informar aos filhos, num tom pacífico, o que é certo e errado, quanto tempo ele pode ficar brincando no computador, quando ele deve deixar a diversão para estudar, e por aí vai. Por mais que o tempo em que o pai e a mãe permaneçam em casa seja curto, ele deve ser bem aproveitado. A criança, assim, ganha uma maior consciência sobre seus deveres e atividades, e acaba se acostumando a elas, sem precisar de punição. Se o monitoramento não funcionar, aí sim, deve-se partir para um bloqueio dos sites de conteúdo duvidoso, ou as salas de bate-papo e programas que facilitem o contato com pessoas estranhas. Na realidade, a internet e o computador são uma faca de dois gumes. Eles estimulam a leitura, pois a criança acaba lendo conteúdos diversos na rede, estimulam também a escrita, através dos sites de relacionamento e e-mails, mas por outro lado podem viciar e acarretar diversos problemas. O que os pais devem fazer para evitar que isto aconteça é, além da conversa, estimular a criança a fazer outras atividades longe do computador, como um esporte ou um curso de dança. Tudo em excesso é prejudicial, e isso também se aplica ao uso dos aparatos digitais". www.olharvital.ufrj.br/2006/index.php?id_edicao=062&codigo=4 Reflexão Pessoal: No meio de uma explosão tecnológica, com tantas informações, mudanças, a cada dia algo novo, isso é bom...é o desenvolvimento acontecendo. O que assusta é a forma como as pessoas estão vivenciando, convivendo com o mundo digital, deixando muitas vezes, sua vida social, a família, amigos, lazer, a natureza de lado e vivendo cercadas pelo computador, mídia, trancadas numa sala, sem conviver, sem ver o sol, isso reflete nas crianças, especialmente. Curiosas, espertas, inteligentes, se jogam neste mundo e desde pequenas já sabem até desmontar e montar um computador, até aí tudo bem...elas desenvolvem melhor, tenho certeza. Mas o problema é quando isso começa a virar um vício, onde o almoço com a família já é feito em frente ao micro e não na mesa com todos, os pais principalmente devem acordar. O mundo real com pessoas, com carinho, toque, olho-no-olho ainda existe, não podemos acabar ou extingüir e nos privar desses momentos, que são únicos e que com certeza aprendemos muito!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sociedade, EAD, inclusão digital e formação de professores

Este fragmento do artigo científico: "Sociedade, EAD, inclusão digital e formação de professores", nos faz refleir como podemos buscar qualidade no processo de formação,enquanto educadora e pensar como posso aproveitar os recursos da tecnologia para o desenvolvimento da aprendizagem. *"Discutir se há diferenças na qualidade de um ensino presencial ou a distância é jogar à baila a própria discussão da qualidade do ensino em si. Qualidade aqui deveria ser vista como algo que leve ao ser humano condições de vida favoráveis a uma existência digna e justa. Dessa forma, tanto o presencial quanto a EAD podem levar o ser humano a um acréscimo da sua qualidade de vida, quanto a ser um embuste na sua caminhada por essa procura. Assim, a qualidade deve ser discutida como um modo e não como a diferença entre um tipo e outro, há cursos bons e ruins, sejam eles de que modalidade forem e, o estilo que for pode e deve propiciar ao educando as melhorias que ele almeja. E, em outro patamar, a diferenciação entre um tipo de ensino e outro pode servir como instrumento antidemocrático na medida em que se leva normalmente a EAD como uma “má educação”. O exemplo canadense é particularmente importante, pois ele, hoje, não distingue mais nos currículos e certificados escolares se o aluno freqüentou Sociedade, EAD, inclusão digital e formação de professores uma escola presencial ou a distância, se fez uma disciplina via Internet ou na sala de aula física. Lá, ensino é ensino, e o mesmo fica na opção do aluno, bem como da instituição de ensino, disponibilizar o conhecimento de forma que atenda a necessidade de ambos. É o extremo exemplo da liberdade de educar e da liberdade de escolha na educação. A formação de professores na hodiernidade não pode estar restrita à formação única e exclusiva da área que quer atuar, nem na formação apenas presencial, urge a necessidade de repensar formas de introduzir nos currículos considerações sobre a EAD. Não há mais uma formação apenas de professor em matemática, geografia ou língua portuguesa, por exemplo, mas deveria haver, somada a essas formações específicas, formação paralela e concomitante nas inúmeras possibilidades que a introdução da informática na educação possa acometer e acarretar. Em situação estratégica, a EAD com os AVAs, são caminhos reais e possíveis de se instaurar uma educação de qualidade e sintonizada com a realidade civilizatória em que vivemos, sempre levando em consideração a infoinclusão. Contruindo com isso, a opção de uso do software livre educacional facilita o acesso à tecnologia infromática sem grandes investimentos e sem restrições de licenças. Assim, EAD, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) e as ponderações sobre infoinclusão, formam um conjunto importante e interessante a ser levado em conta na formação de futuros professores. Afinal, na educação estão contidos esses elementos, porém, muitas das vezes, vistos por ângulos separados como se fossem situações distintas e não complementares. Pensar num professor recém saído da universidade sem esses conhecimentos enraizados, sem a discussão das questões políticas-ideológicas dos caminhos do mundo, sem a preocupação em tomar partido nas possibilidades de inclusão do ser humano a condições mais favoráveis de vida, bem como, nessa lógica, ao acesso a toda e qualquer tecnologia disponibilizada, é partilhar da idéia de que o professor não é sujeito/agente de transformação e partícipe na criação de cidadãos. Sem essas perspectivas curriculares estaremos formando profissionais do ensino disformes ao seu tempo e, o que é pior, altamente subjugados a outros saberes dos quais ele não tem domínio, fazendo evoluir o descrédito profissional e a sua importância cada vez menor como categoria pilar na construção da sociedade."

É necessário começar a pensar e olhar de forma diferente a Educação. Quer dizer pelo que percebo independente do recurso ou meio que está sendo usado. Precisamos criar uma conciência de que a formação dos novos educadores precisa está vinculada as necessidades que surgem no contexto atual. Cada vez mais surgem novos meios e as novas tecnologias pode favorecer muito no desenvolvimento da aprendizagem. Fica claro que para uma boa educação é preciso uma boa formação e uma construção contínuma de novos conhecimentos. Isso é como podemos desenvolver de maneira dinâmica e criativa nossa aulas, desde as séries iniciais. Usar dos recursos tecnologicos para que nossos alunos possa desenvolver com mais liberdade seu processo de aprendizagem e o professor seja seu mediador.

span>*DEISE JULIANA FRANCISCO GLAUCIO JOSÉ COURI MACHADO Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Brasil Sociedade, EAD, inclusão digital e formação de professores, Revista Iberoamericana de Educación (ISSN: 1681–5653)

domingo, 21 de setembro de 2008

Educação + Tecnologia

"Embora de grande valia na difusão de conhecimento, as novas tecnologias de informação jamais deverão inibir o papel transformador do ensino. Esse papel consiste basicamente em fazer de cada aluno, depois de formado, um verdadeiro agente de mudanças. Preparar agentes de mudanças para enfrentar os novos tempos exige mais do que tornar informações acessíveis para milhões de seres humanos." (Jacques Marcovitch- Artigo publicado no jornal Gazeta Mercantil, em 17 de agosto de 1998) As novas tecnologias devem ser para acrescentar, para melhorar a educação, as informações devem ser para enriquecer seus conhecimentos, devem estar ligadas. As tecnologias devem servir como construção de um novo mundo, onde o aluno aprende sempre preparado para mudanças, adaptando-se a elas, sem deixar para trás o ensinamento básico e primordial que vem da família e da escola. Juliani

sábado, 20 de setembro de 2008

Educação e tecnologia

A educação traz consigo muitas responsabilidades, sejam elas sociais ou culturais, a verdade é que ela tem de formar cidadãos completos, transmitindo conhecimentos e saberes necessários para que cada indivíduo cumpra o seu papel dentro da sociedade. A realidade da educação mudou, entramos na era da informação onde estamos cercados pelos meios de comunicação que a todo momento podemos ter conhecimento dos fatos e notícias de todo o mundo.Antigamente era mais difícil ter acesso as informações devido a falta dos meios de comunicação(tv, rádio, jornal, revistas, internet, etc) mas nos tempos de hoje é quase impossível que isto aconteça devido ao fato de que estamos mergulhados no mundo das tecnologias digitais. "A educação não é a resposta total para todos os desafios criados pela Era da Informação, mas é parte da resposta, da mesma maneira que a educação é parte da resposta para uma gama dos problemas da sociedade" (GATES, 1995: p.16). Desse modo acredito que as novas tecnologias devam acrescentar muito à nossos alunos pois é juntamente com elas que talvez possamos resolver os problemas da nossa sociedade, a educação e as tecnologias devem andar juntas.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Mapa_Educação + Tecnologia - Somando Conhecimento

A Técnologia a nosso favor...

“Alguns professores aceitam, sem réplica, explicações que começam com as palavras: ‘o computador está mostrando’, ou, ‘o computador determinou’. Tais palavras soam como o equivalente da frase: ‘É a vontade de Deus’”. O computador, segundo Postman, é visto em algumas universidades como um todo-poderoso que pode nos transformar em milhões de Kafkas do século vindouro."
Jacques Marcovitch
Precisamos desmistificar o computador e aprendermos a utiliza -lo a nosso favor, pois tecnologia existe para facilitar as nossas vidas. É possível utilizar este recurso como forma de tornar as nossas aulas mais atraentes. Precisamos falar a mesma linguagem de nossos alunos, ou ao menos conhecê-la... Creio que além de um instrumento enriquecedor de nossas aulas, também podemos mostrar a tecnologia para nossos educandos como fonte de conhecimento, de saber, não apenas como forma de entretenimento. Ajudando-os a explorar este universo de possibilidades que a internet nos oferece. Para que possamos ser mediadores desse processo de informatização dos nossos alunos, devemos primeiro nos aproximar deste universo e explora-lo, creio que a Universidade é um meio de chegarmos a estás tecnologias. Segundo Jacques Marcovitch, a universidade, em face da revolução tecnológica, é igual a qualquer organização do nosso tempo. Não se pode ignorá-la e deixar de aproveitar todos os seus benefícios. Evidentemente, como centro crítico e questionador por natureza, jamais será uma usuária incondicional das oportunidades criadas pela tecnologia. Mas desconhecê-la ou deixar de aproveitá-la, quando necessário, é absolutamente imperdoável." Nosso obejetivo de pesquisa é tentar descobrir formas de aproximar nossos alunos do mundo virtual, do uso da tecnologia da informática sem distância-lo do mundo real, pois cremos que se faz necessário o uso da informatização, é preciso que nos modernizemos, porém sem nos esquecer-mos do lado humano, da importancia da troca, de aprendermos uns com os outros...
"A boa universidade tem suficiente senso crítico para desmistificar certos aspectos da tecnologia. Ela ajuda o ser humano a colocar a tecnologia a seu serviço, em vez de se submeter aos processos tecnológicos. Existe o risco, é claro, de tornar a tecnologia de informação um elemento hipnotizador e paralisante. Já se falou disso em algumas obras de ficção. Mas o indivíduo bem formado é obstáculo fundamental para deter qualquer movimento de desumanização do planeta. Pensemos positivamente. É surpreendente a utilidade dos novos meios na abertura do espaço da diversidade. O computador não diz a verdade única e definitiva. Ele nos mostra a imensa gama de respostas para cada questão e diminui a nossa arrogância. Mostra como é rico o pensamento humano, produzindo tantas respostas, e como é pobre a máquina, simplesmente operando como veículo para difundir essas respostas."
Jacques Marcovitch
*JACQUES MARCOVITCH: Professor da FEA-USP. Foi Reitor da Universidade de São Paulo. Atualmente é Secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo. http://www.ndc.uff.br/documentos/Informa%C3%A7%C3%A3o%20e%20Conhecimento.pdf

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sejam Bem - Vindos!!!

Este Blog existe para que através dele, possamos discutir as formas de levar as tecnologias até a sala de aula, aproximando nossos alunos do Mundo Digital, sem distância-los da realidade... Suas contribuíções serão BEM VINDAS!!!